quinta-feira, setembro 25, 2008
domingo, setembro 21, 2008
sexta-feira, setembro 19, 2008
domingo, setembro 07, 2008
O Guarda-Chuva
Meses e meses recolhida e murcha,
sai de casa, liberta-se da estufa,
a flor guardada (o guarda-chuva). Agora,
cresce na mão pluvial, cresce. Na rua,
sustento o caule de uma grande rosa
negra, que se abre sobre mim na chuva.
[Mauro mota]
sai de casa, liberta-se da estufa,
a flor guardada (o guarda-chuva). Agora,
cresce na mão pluvial, cresce. Na rua,
sustento o caule de uma grande rosa
negra, que se abre sobre mim na chuva.
[Mauro mota]
Promessas
Estava eu só Passou... Sorriu... Olhei-a...
Estremeceu. Estremeci. Sucede
que o imprevisível manda e a gente cede.
No céu azul brilhava a lua cheia.
Depois... as consequências... — Quem as mede
se a razão, sem razão, já titubeia?
E o mar acariciando o ardil, na areia:
"O vinho é bom sorver antes que azede!"
Vai-se o verão. Agora é frio e neva.
Palavras sem valor, o vento as leva.
As juras antecedem as desditas.
Um instante de amor — eternidade!
Dois instantes de amor — fidelidade'
... Nem todas as mentiras foram ditas.
[Miguel Russowsky]
Estremeceu. Estremeci. Sucede
que o imprevisível manda e a gente cede.
No céu azul brilhava a lua cheia.
Depois... as consequências... — Quem as mede
se a razão, sem razão, já titubeia?
E o mar acariciando o ardil, na areia:
"O vinho é bom sorver antes que azede!"
Vai-se o verão. Agora é frio e neva.
Palavras sem valor, o vento as leva.
As juras antecedem as desditas.
Um instante de amor — eternidade!
Dois instantes de amor — fidelidade'
... Nem todas as mentiras foram ditas.
[Miguel Russowsky]
quarta-feira, setembro 03, 2008
terça-feira, setembro 02, 2008
Subtilíssimo eterno
Subtilíssimo eterno que habita
minhas saletas interiores
onde trago o tempo guardado
nocturno e resignado
subtilíssimo eterno interior
que como um tálamo é
em minha alma limpa e sofrida
como água dormida em pedra
que eterna seiva alimenta
este tempo em mim retido
plumagem livre de flor
forma exacta imperecível
sinto-te assim como um trunfo
branda coroa do eterno
além das nuvens, das águas
ouço o teu metal desperto
se existes no ser completo
na cinza móvel das sombras
por que retiras de mim
tudo o que em mim não é pântano?
[César Leal]
minhas saletas interiores
onde trago o tempo guardado
nocturno e resignado
subtilíssimo eterno interior
que como um tálamo é
em minha alma limpa e sofrida
como água dormida em pedra
que eterna seiva alimenta
este tempo em mim retido
plumagem livre de flor
forma exacta imperecível
sinto-te assim como um trunfo
branda coroa do eterno
além das nuvens, das águas
ouço o teu metal desperto
se existes no ser completo
na cinza móvel das sombras
por que retiras de mim
tudo o que em mim não é pântano?
[César Leal]
segunda-feira, setembro 01, 2008
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