domingo, outubro 01, 2006
"EXÍLIO VOLUNTÁRIO"
Quantos fantasmas cercam hoje
a cidadela adormecida
onde voluntáriamente me exilei?
Quantos acenos
e apelos
e solicitações
me chegam do lá fora,trazidos pelos ventos da memória?
Quantas mãos estendidas,
rompendo o nevoeiro,
sob as pontes levadiças
recolhidas?
Quantos olhares convidativos
e promessas sussurradas aos ouvidos?
Quantos gritos de angústia
dos que ainda choram
meu exílio voluntário?
de: Nuno Bermudes in Exílio Voluntário 1966
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