terça-feira, outubro 24, 2006

A vela e o monstro

Oiço ruídos fugidios
Nesta casa de assombro
Abandonada e esguia
Onde cobro na noite estrelada
De luar perfeito e vazia
O espectáculo do medo
Bailam as árvores lá fora
A dança da solidão que chia
Ao som da madeira que estala
E do candeeiro que dança
Na noite da demora trepadora
Das paredes da mansão assustadora
Solto de mim o pó e o dó
Com um grito incrédulo e só
Na escuridão da vela apagada
Onde a tua cadeira continua esquecida

©Amores Perfeitos – Nuno Pinto Bastos
FOTO A.FACHADA

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