A nascente caía do rochedo
Gota a gota sobre o temível mar,
E o Oceano, que ao nauta faz medo,
Lhe diz: «Que me queres tu, a chorar?
Eu sou o temor e a tempestade,
Termino onde o céu se expande.
Terei eu de ti necessidade,
De ti pequena, sendo eu tão grande?»
Responde a nascente ao abismo vasto:
«Dou-te, sem glória, sem ruído fazer,
Aquilo que te falta, ó mar nefasto!
Uma gota de água para se beber.»
Victor Hugo
[04 – 1854]
domingo, abril 29, 2007
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