quinta-feira, junho 12, 2008

A Concha

Seu cálido olhar me embriaga
De sonhos inconfessáveis...
Quisera ser como a concha
Perdida à beira do mar,

Que se deixa sem rumo levar
Pelas ondas imperfeitas...
E mesmo depois de esquecida
Em longínqua praia deserta

Guardar saudosas lembranças
De sua voz dentro de mim,
Num murmúrio a confessar:

“Não há mistérios no amor,
Somente uma triste verdade:
Sua sina é a saudade...”

[Andra Valladares]

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