Do inferno voltei contemplando o vazio
Em meu corpo trago os sinais
Das batalhas que lutei
Das armas que usei
Das mortes que causei
Numa vertigem sufocante
Sou um ser errante
Que nas veias corre, o fluido coruscante.
Que transforma a dor, numa orgia alucinante.
Incertos passos caminhei,
Que nunca pude vislumbrar
A extensão de minha inocência
Cristalizada em forma e cor
Perdidos passos,
Perdidas almas eu deixei
Em regiões fronteiriças
Do inferno eu voltei
Estou no limiar
E continuo a contemplar.
[Aura Sorrentino]
quarta-feira, agosto 20, 2008
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