quarta-feira, agosto 05, 2009

A luz oblíqua

A luz oblíqua da tarde
Morre e arde
Nas vidraças.

Nas coisas nascem fundas taças
Para receber,
E ali eu vou beber.

A um canto cismo
Suspensa entre as horas e o abismo.

A vibração das coisas cresce.
Cada instante
No seu secreto murmurar é semelhante
A um jardim que verdeja e que floresce.

[Sophia Andresen]

Sem comentários: