Sinto saudades
Dos tempos de criança...
Não criança pela idade
Mas por toda a minha esperança
Mente sã em corpo são
Naturalidade de ser
Em que tudo era espontâneo
Liberto do mis-en-scéne
Hoje grades do quotidiano
E o vazio que me fica
Transparece no olhar
Numa tristeza infinita
De já não ver gente ser gente
Mas gente comendo gente
Num gesto de mastigar
O apetite do vazio
Que fica por saciar...
Maria do Céu Castelo-Branco (2001) In Exílio(s) com África
no fundo do olhar. Coimbra: Pé de Página Editores.
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