sexta-feira, junho 08, 2007

Ruas Desertas

Percorro as ruas desertas
com o pressentimento
que o Sol vai renascer
do seu sepulcro,
entre as nuvens.

Avanço pela doce escuridão.
O silêncio apenas é quebrado
pelos meus passos lentos e regulares
que seguem o som da suave brisa
que me percorre a pele.

Observo, na minha inquietude,
uma criança
que interrompe a minha angústia,
com o seu ar feliz, despreocupado.

Sorrio.
Tudo à minha volta é estranho.
Sinto a carícia do orvalho
que anuncia a manhã.

E como se de um sinal se tratasse,
o sol revela-se,
na sua plenitude
e o meu desalento desaparece.

Volto para o meu mar de sonhos,
pois já não conheço o mundo.

[Joaninhah]

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