Sento-me agora diante de ti
com todas as minhas árvores
todas as minhas pedras
as luas e as flores das janelas
com que sonhei
com todos os meus poemas
as letras do meu nome
e este mar que me submerge
Sento-me agora diante de ti
com todo o meu sangue
todas as estradas das cidades tumultuosas
e as asas de julho em fogo
Sento-me diante de ti agora
e raras vezes fui tão inteiro
Sento-me agora diante de ti
com uma mão verde
que os teus ventos acariciam
e tudo o que posso fazer
é escrever
escrever
e escrever
confiar o mundo inteiro
no coração dum pequeno poema
à dimensão da tua mão tépida
[Ibrahim Nasrallah]
sábado, setembro 22, 2007
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